segunda-feira, 19 de maio de 2008

AMOUR


O silêncio me disse muitas coisas sobre o amor...

Mas nada que eu não possa ouvir e sentir na pele...

O amor é um paradoxo.

Lindo e asqueroso, alegre e doloroso, poderoso e burro.

Nos torna insensatos.

O amor nos faz poetas, filósofos.

Nos tira o sono, nos faz chorar e querer colo.

Tão simples e tão complexo , o amor...

Cheio de detalhes míseros e devastadores que se percebidos ou não nos levam aos ápices da satisfação e da nostalgia, do prazer e da loucura.

Ah... Mas pobre daquele que nunca amou, que nunca sofreu por amor...

Amor que surpreende, amor rotineiro, amor doentio...

Amor que faz planos, amor que os destrói.

Amor que fala, amor calado.

Amor que não sabe amar....Amor....

Poetas


Três paixões, simples, mas irresistivelmente fortes, governaram-me a vida: o anseiode amor, a busca do conhecimento e a dolorosa piedade pelo sofrimento da humanidade.Tais paixões, como grandes vendavais, impeliram-me para aqui e acolá, emcurso instável, por sobre profundo oceano de angústia, chegando às raias do desespero.Busquei, primeiro, o amor, porque ele produz êxtase – um êxtase tão grande que,não raro, eu sacrificava todo o resto da minha vida por umas poucas horas dessa alegria.Ambicionava-o, ainda, porque o amor nos liberta da solidão – essa solidão terrívelatravés da qual a nossa trêmula percepção observa, além dos limites do mundo, esseabismo frio e exânime. Busquei-o, finalmente, porque vi na união do amor, numa miniaturamística, algo que prefigurava a visão que os santos e os poetas imaginavam