terça-feira, 29 de abril de 2008


E agora decidi invadir a minha própria privacidade...

Depois de todo este tempo escrevendo sentimentos que desejava não sentir,

descrevendo o meu próprio ser, tudo como penso e de quem penso (porque embora pareça que vai tudo caminhando na mesma direção, percorrendo o percurso até sempre a mesma estrela do blog, puro engano...

Nem sempre, mas quem percebeu o que tinha pra perceber, está percebida a mensagem até então não percebida, com palavras que eu não fazia para perceber, mas curiosamente, percebi, que percebeu!

Sendo assim, até merecia uma certa premiação, não fosse o fato daqueles pequenos contratempos da vida,

Em que essa pequena estrela apagada na imensidão das palavras,

Percebeu o que eu não precisei de explicar para perceber!

...

Enfim... Sendo assim, e com a privacidade auto-destruída, resta-me duas soluções: esquecer as palavras e dedicar-me somente aos pensamentos ou então desenhar as palavras, exprimir o que sinto, não me oprimir, escrevendo sem cessar, e ignorando olhares atentos e curiosos...

Visto que a primeira opção, encontra-se fora do campo das possíbilidades, acho que não foi assim tão díficil decidir...

Sendo assim, escreveria agora algo muito inteligente, que visaria atingir quem deveria perceber, mas como já não me importo...

E agora, resta-me informar os caros interessados, que me encontro
Fechada para obras!

Mas obras a sério; não julguem que são aquelas obras temporárias que eu tanto tentei, como mudar somente o cimento que se encontrava no interior...

Agora são realmente obras para não mais voltar ao antigo...

Portanto, a todos os interessados, aguardem ansiosamente, ou esquecam (o que seria o mais sensato!)...

Tenho saudades daquelas tardes bem passadas...

Daqueles sorrisos patéticos...

Daqueles olhares indescretos e curiosos de quem nada sabia da vida...

Daquelas conversas desnecessárias, e no entanto essenciais...

Daquelas noites que ninguém liga, mas nós não esquecemos!!
Daqueles abraços sufocantes, daqueles beijos eternos, daquelas caminhadas longas (mas com fim, com imensa pena minha)...

Do amor que senti, da amizade que não perdi...

E agora, dias de distância, resta-me o desejo de que esses dias voltem o mais rápido possível...

Bem sei que tudo será diferente, porque o tempo, os segundos são diferentes, porque as vivências são outras, porque todos crescemos, porque apesar da saudade, o tempo fez-nos aprender que a ingenuidade não precisa de fazer parte de nós, e que nem funciona muito bem quando o nosso sonho é dos mais simples como conseguir a presença de quem tão amamos...
Tenho sorte em conhecer, e em tudo o que tenho, mas porquê?

Porque tenho tanta sorte?
Gostava de gritar às estrelas, minhas amigas que me arrastam para sonhos infinitos, o nome de todos eles!!

Que o céu estremecesse quando pronunciasse um por um...
Que o Universo, tão preenchido, me invejasse, porque ele tem estrelas, sóis, planetas, mas eu tenho a vocês!!
Porque me orgulho cada vez mais de ser como sou, de pensar como penso, de estar como estou, de estar com quem estou!