terça-feira, 19 de maio de 2009

Razão de ser

escrevo.
e pronto.
escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
ninguém tem nada com isso.
escrevo porque amanhece,
e as estrelas lá no céul
embram letras no papel,
quando o poema me anoitece.
a aranha tece teias.
o peixe beija e morde o que vê.
eu escrevo apenas.
tem que ter por quê?

Mais um domingo assim, desse jeito. Que jeito? Ah, "tem que ter por quê?".
O poema de Paulo Leminski. Falando nele, tenho lido muitos poetas brasileiros. Marginais. Como eu. Como nós.

Bisous

Vitrola: Edith Piaf - Non, je ne regrete rien