quarta-feira, 20 de maio de 2009

Moço


A primeira vez que te vi, estava perdida na minha solidão. Procurando razões para seguir em frente.

Seus olhos mostravam toda sua atenção em me ouvir, em me ajudar.

Nossas mãos se encontraram por um momento. O suficiente para saber que algo estava acontecendo comigo.

As conversas despretensiosas me fizeram companhia naqueles dias em que não havia mais ninguém.

Mas o que eu fiz? Por que fugi de você? Por que não te olho mais nos olhos, por que saio sempre que se aproxima? Medo de não ser retribuída? Covardia em não assumir os sentimentos?

Cada vez que ouço seus passos, fecho os olhos para desfrutar da sua rápida presença.
E a sua voz? Um sotaque gostoso, quase infantil. Sua paciência. Seus segredos.O corpo, o cabelo, as mãos, os lábios... Talvez um abraço, um beijo, podemos?

Cada dia penso em você e penso um pouco mais, sempre mais. O que me resta agora? Lembrar do “se”. Aquilo que poderia ter sido mas não foi. Tudo bem, sentir a sua presença todos os dias já me acalenta o coração.

Eu preciso de você. Talvez não dê mais.

Te desejo. Mas se não ao meu lado, quero que encontre o amor ao lado de quem pode te fazer feliz.

Mesmo assim, te espero.

Vem!